lost luggage

Viagem aos EUA: Cadê a minha mala?!

Estados Unidos Histórias Reais

Olá, me chamo Everton, sou de Porto Alegre Rio Grande do Sul. Vou contar um relato inusitado que ocorreu comigo na minha primeira viagem aos Estados Unidos.

O ano era 2003, janeiro, eu trabalhava em uma empresa multinacional, com sede em Dunn/NC. A minha função era implantar o sistema Lean Manufacturing na fábrica em Cachoeirinha. Eu fui para ficar uma semana fazendo Benchmarking. O nosso diretor aproveitou que um outro colega supervisor da área de P&D, Maurício, engenheiro de materiais iria para fazer o mesmo trabalho só que na área de novas tecnologias

Partimos do Aeroporto Salgado Filho para Guarulhos. Na ora de fazer o check-in, a atendente perguntou se eu queria despachar a minha mala grande direto para Raleigh/NC, destino final da viagem aérea. Eu achei uma boa, porque teríamos uma conexão em Washington/DC, assim eu não precisaria pegar as malas. Já o meu colega não gostou da ideia, mas, como eu fiz o check-in primeiro, e nós não éramos muito próximos, eu decidi por mim. Ele já tinha mais experiência, depois ele me falou que ocorriam muitas perdas de bagagens e me apontou a salinha “Lost Luggage”. Eu mal imaginava que conheceria aquela salinha por dentro lá nos Estado Unidos!

Depois de passar nove oras de voo, chegamos em Washington/DC, fomos buscar as malas do meu colega. Por muito pouco não perdemos a conexão! Tivemos que correr pra valer e usar aquelas esteiras rolantes, fomos os últimos a entrar no avião!

Ao chegar em Raleigh, adivinhe, cadê a minha mala? Para nos receber estava o gerente da fábrica de Dunn, Stevie Johnson. Ele nos ajudou, falamos com todos até chegar à conclusão de que realmente, a mala não estava lá! Fomos a salinha “Lost Luggage”. Ao entrar, uma senhora de uns 45 anos, óculos fundo de garrafa, morena, uma cara de poucos amigos já falava ao telefone dando aquela energia tipo recepcionista de hospital público! Explicamos a ela a situação, ela pegou um papel cravou sob o balcão e mandou preenche-lo. Daí tudo bem, foi somente um atendimento nada simpático, me deram US$ 200,00 pra me virar com algumas roupas. Eu estava com uma básica fina e a minha jaqueta de couro. Janeiro é inverno nos EUA, estava para cair neve a qualquer momento. Claro que este dinheiro não dava pra fazer muita coisa, pois tinha que comprar roupas íntimas e roupas quente. Então comprei cuecões, meias de lã, um blusão de lã, paguei míseros US$ 6,00 por este item, nem acreditei! A promoção era assim, levando um custava US$ 9,00, dois custavam US$ 12,00 e então o meu colega comprou outro. O Johnson me deu uma mochila grande pra eu não precisar comprar. Comprei o necessário pra não passar frio, e no fim, deu tudo certo. A Neve chegou, a cidade virou um caos, escolas fechadas, carros escorregando na pista, uma verdadeira loucura, os americanos lá odeiam neve!

Quando retornei, fiz a reclamação aqui no Brasil, não vou lembrar de detalhes, mas, uma semana depois encontraram a mala, descobriram que a mesma sequer saiu do Aeroporto de Guarulhos! Falha total aqui do Brasil!

E esta foi a minha experiência inusitada da minha primeira visita aos Estados Unidos.

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